Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Personagem à Janela

"Personagem à janela" é uma exposição de 12 painéis de viroc que protegem as janelas da Fábrica do Teles, em Santo Tirso, pintados por 12 autores de diferentes países, promovida pela Câmara Municipal e pela Gesto, a cuja inauguração assisti ontem. Em seguida. à projecção do belíssimo e inquietante filme de Manuel Mozos "Ruínas", com a presença do realizador, seguiu-se um debate à-volta-da-reconversão-da-paisagem-urbana.
Projecção de "Ruínas" no dia em que o governo aprovou cortes nos nossos salários e a subida do Iva para 23%... pura coincidência?!
Não vou ocupar-me disso agora. Prefiro nomear outras "personagens", na tela e nos palcos da Casa da Música que têm abençoado longas horas dos meus dias.
Têm sido um tempo de muito boa colheita cinéfila: M. de Fritz Lang (1931) (pena que a cópia cedida pela Cinemateca ao Cine Clube estivesse em tão mau estado) e o brilhante, inteligente e divertidíssimo "Philadelphia Story" (Casamento Escandaloso) de Georges Cukor (1940). Puro prazer!
Na Sala Suggia, inundada de luz outonal, domingo ao meio dia ouvi o Coro da Casa da Música interpretar "Chansons Françaises", com uma pungente "extensão" peninsular à Suite De Lorca de Einojuhani Rauitavaara (parece o nome do vulcão islandês...). Terça ao fim da tarde, envolvida pelas cores quentes da Sala 2, deliciei-me com a perícia e a alegria dos quatro jovens músicos russos do"Messianaen Quartet".
Venham mais personagens à janela!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ruggles of Red Gap

Viva o Cinema!!!
Em boa hora, a Medeia Filmes resolveu programar, para as "terças-feiras clássicas", no Teatro do Campo Alegre, no Porto, um dos dez filmes favoritos de João Bénard da Costa - O Extravagante Sr Ruggles. Acabo de assistir à sua projecção, nessa sala estúdio, repleta de cinéfilos satisfeitos. Como não encontrei, à primeira, nenhum dos 2 livros de crónicas do "Sr Cinema", aqui deixo a sinopse da Cinemateca.

RUGGLES OF RED GAP

O Extravagante Sr. Ruggles, ou O Último Escravo

de Leo McCarey

com Charles Laughton, CHARLES RUGGLES, Mary Boland, ZaSu Pitts, Roland Young

Estados Unidos, 1935 - 91 min / legendado em português

Obra-prima de Leo McCarey e uma das mais carismáticas interpretações de Charles Laughton, no papel de um típico mordomo britânico, “ganho” ao poker por um novo-rico americano que vem “descobrir” a Europa. Levado para o Oeste, Mr. Ruggles vai conquistar a liberdade, igualdade e o respeito de todos, numa das mais inventivas comédias americanas dos anos 30.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"Pra quem mora lá, o céu é lá"


Meu amor, larga a tristeza à porta do meu corpo e
nada temas: eu já ouvi o silêncio, já vi a escuridão, já
olhei a morte debruçada nos espelhos e estou aqui,
de guarda aos pesadelos a noite é um poema
que conheço de cor e vou cantar-to até adormeceres.

Maria do Rosário Pedreira

domingo, 19 de setembro de 2010

Sul - Norte

Nas praias que são o rosto branco das amadas mortas
Deixarei que o teu nome se perca repetido
Mas espera-me;
Pois por mais longos que sejam os caminhos eu regresso...

Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ervas do estio

Se passo muito tempo sem escrever é-me muito mais difícil recomeçar... e ainda não vai ser hoje que vou pôr a escrita em dia.
Esta semana todos os caminho vão dar a Beja, às Palavras Andarilhas. Todas as minhas energias, nestes últimos tempos, têm sido canalizadas na preparação das minhas intervenções.
E como de "Palavras de Água e Vento" se trata, passo a palavra a Matsuo Bashô:

Não esqueças nunca
o gosto solitário
do orvalho

O velho tanque
Uma rã mergulha
dentro de si

As cigarras cantam
sem saberem que é a morte
que as escuta