Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

domingo, 27 de fevereiro de 2011

"As palavras são apenas uma memória"

Nem só a Física se debruçou sobre as questões da inércia. Sinto-as na pele. Quando paro por uns dias é sempre mais difícil recomeçar. Et pourtant temas não faltam sobre os quais tecer múltiplas variações. Mas não vou entrar, como é meu costume na "vertigem das listas", pelo menos de forma compulsiva. Das viagens, a neve, pontuada de coníferas, na Serra de Guadarrama e o Alcazar de Segóvia, que poderia ter sido arquétipo do castelo da Bela Adormecida de Walt Disney; dos filmes dois registos separados por mais de meio século: "Contos de Lua Vaga" de Kenzo Mizoguchi e "Somewhere" de Sofia Coppola; das exposições a ARCOmadrid 2011 e Artur Loureiro, no Museu Soares dos Reis no Porto; da Literatura , das "correntes d'escritas" a surpreendente conferência de abertura de Álvaro Laborinho Lúcio e a presença anarquista de Rui Reininho nas últimas Quintas de Leitura, no Teatro do Campo Alegre; no Iyengar yoga continuo em recuperativas. E logo é a noite dos óscares.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

City Life

Check it out
It's been a honeymoon
Can't Take no mo'

Heavy smoke
stand by, stand by
It's full'a smoke
urgent!
Guns, knives or weapons on ya'?
Wha'were ya'doin'?
Be careful
where you go

*frases gravadas, City Life - Steve Reich

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aniversário de Ganesh na Amazónia

Há um ano na blogosfera! Há um ano que este blog foi criado em Puna, na Índia do Sul, e desde aí acrescentado por cerca de uma centena de "posts", escritos em lugares variados do Planeta Terra, onde me foi dado estar na última rotação do planeta, registando momentos, apontamentos, pensamentos, palavras minhas ou palavras de outros (sobretudo de poetas) que para aqui chamei.
Continuo sem saber muito bem para que serve, para quem escrevo, quem me lê. Registo e partilha, duas funções nobres, que em si, porventura justificam, este meu "ganeshnaamazonia".
Quantos antes de mim, quantos ao mesmo tempo que eu, quantos depois de mim, com semelhante ambição?
E vem-me à memória a frase de Teixeira de Pascoaes: "O homem, ao morrer, apaga com o último suspiro, o mundo em que viveu."

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"A única coisa que temos é, de facto, o nosso corpo"

Quando o corpo se apaga, o que resta?
Talk Show é uma obra para quatro intérpretes e duas colunas de som. Um questionamento sobre o corpo enquanto sistema comunicante e sobre o seu desaparecimento ao longo da vida no território maior da sua evidência, o amor.
Acabo de assistir no Teatro Carlos Alberto a esse "road movie do corpo" que é esta surpreendente criação do coreógrafo Rui Horta.
Sob o signo da emoção, e de alguma fragilidade física que me tem assolado, somo-o, sem mais, às inquietudes que HearAfter, de Clint Eastwood me provocou. há uns dias atrás.
Bem que questiono, ou uma parte de mim questiona, a asserção de José Gil: a única coisa que temos é, de facto, o nosso corpo.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Música, músicas

Começou a 17 de Janeiro e prolongar-se-á até 7 de Novembro, na Casa da Música, às segundas-feiras, a 2ª edição do Curso Livre de História da Música. No 1º módulo, em 3 sessões, competentemente orientado por Rui Pereira, falou-se de Música Clássica no Novo Mundo. No 2ºMódulo, que se iniciou no dia 7, Manuel Jorge Veloso, grande divulgador cujo trabalho já conhecia de colaborações em programas da Antena 2, iniciou uma "Introdução à História do Jazz", recheada de ilustrações musicais. Difícil é permanecer sensatamente sentada na cadeira...

ORQUESTRA

Foi o foxtrote que acordou
os peixinhos do lago, na sala de espera,
ou foram eles, os minúsculos, insones peixinhos,
que fizeram acordar Sweet Georgia Brown
entre Body and Soul, para o tea for two,
enquanto não se abrem, rascantes, as portas da segunda sessão?

Carlos Drummond de Andrade
Esquecer para lembrar, José Olympio

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os quatro cantos do tempo

Baptismo

Vamos abrir a noite Vamos abrir a noite
com música de "jazz" Percorrê-la depois

num barco de borracha Celebrar o segredo
Enforcar a memória Descobrir de repente

uma ilha que nasce dentro do teu vestido

Chamar-lhe Madrugada Adormecer contigo.

David MOURÃO-FERREIRA,
Os quatro cantos do tempo, Guimarães Editora