Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mad Rush, Metamorphosis e outros prodígios

No dia em que foram descobertas mais 17 novas pirâmedes, na necrópole de Saqqara, no Egipto, ouvi pela primeira vez ao vivo Philip Glass, na Casa da Música. Foi um concerto relativamente breve, cerca de 90m sem intervalo, já a contar com os dois encores.
A Sala Suggia foi um prolongamento da minha própria sala, onde tantas e tantas vezes soaram Mad Rush, Metamorphosis, Wichita Sutra Vortex.
Numa sala cheia, incluindo os lugares por detrás do palco, um público atento rendeu-se à magia desta música "minimanista", interpretada pelo seu criador. Em Wichita Vortex Sutra, fez-se presente o fantasma do poeta beat americano Allen Ginsberg, que colaborou com Philip Glass, através da audição de uma gravação da sua voz.
E quem mais quiser saber, tem muito para ver e ouvir no You Tube e no profissionalíssimo site deste músico.
Por mim, preparo-me para adormecer uma vez mais ao som da banda sonora de Kundum...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Medeia

A Medeia de Eurípedes data de 431 antes de Cristo. A revisitação do texto feita por Max Rouquette (1908-2005), que situa a acção no continente africano,em vários momentos me evocou Shakespeare. Perturbadora esta "Médée", com encenação de Jean-Louis Martinelli, integrada no programa Odisseia, que acabo de ver numas instalações, extremamente cénicas, de um antigo armazém nos Arcos de Miragaia, no Porto.
Ainda sob o feitiço esmagador que me provocou a beleza feroz desta Medeia negra, que faz pensar com Heiner Muller que os povos africanos são hoje os únicos que podem tocar de perto a essência do trágico, transcrevo um fragmento do comentário que acompanha a peça:
"No terreno (Burquina Faso)Martinelli descobriu o porquê desta proximidade entre a Grécia Antiga e a África contemporânea: a violência e a guerra, o nascimento balbuciante da democracia e a omnipresença do sagrado na vida quotidiana. (...) É nesta paisagem desoladora que ecoam as imprecações desta feiticeira sedenta de vingança que vai até ao impensável para punir a traição de Jasão."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AnimaMea

Uma das muitas iniciativas, interessantes e originais, integrada na celebração do Dia Internacional dos Museus foi o magnífico concerto que o Coro AnimaMea deu esta noite na sala onde moram algumas estátuas de Soares dos Reis, no Museu do mesmo nome, que esta noite me encheu a alma.
"Aquela cativa que me tem cativo" - Camões, Poesia e Música, em perfeita sintonia!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

à vol d'oiseau...

Tantos seriam os motivos de referência, reflexão e escrita, que quase me sinto bloqueada. Se escolher falar de cinema, e para que conste POESIA, filme de um realizador coreano que, muito justamente ganhou em 2010 o prémio de melhor argumento no Festival de Cannes. E, num outro registo, mas igualmente rico do ponto de vista de análise de sentimentos e relações humanas MÃES E FILHAS, filme americano produzido por A. Inarritu. Se escolher falar de cinema+dança... PINA, do realizador alemão Wim Wenders, neste momento em exibição. A não perder!!! E como a opção pelo 3D faz sentido aqui! Pensar que ainda este mês me foi dado ver claramente visto alguns dos bailarinos/bailarinas de Pina Bauch dançar no TNSJ, aqui no Porto, num espectáculo integrado no já aqui amplamente referido ODISSEIA, faz-me sentir, uma vez mais "eleita". Também integrada neste ciclo, vi/ouvi/senti a leve e deliciosa versão da Flauta Mágica que o encenador Peter Brooks concebeu aos oitenta e muitos anos.
Se escolher falar de música, Steve Reich, também claramente visto/ouvido em palestra e concerto na Casa da Música.
Deixo de fora os céus, as cidades, as ilhas e os mares onde os meus passos me têm levado nos tempos mais recentes. As asas dos aviões dão asas às asas que tenho nos pés!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Palavras encontradas

A porta está fechada
Um sorriso abre-a
Uma palavra também
Se for uma palavra chave.

Álvaro Magalhães
O Limpa-Palavras, Asa

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O estilhaçar do vidro

Os nossos dias fogem tão rápido como a água do rio
ou vento do deserto.
Entretanto há dois dias que me deixam indiferente:
o que passou ontem e o que virá amanhã.
Omar Khayyam,
Rubaiyat, Moraes