Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

domingo, 3 de julho de 2011

Yogena Cittasya

Nesta circunstância, como em qualquer outra, parar é morrer. Demasiado drástico. Não é bem isso. Trata-se tão só da dificuldade de recomeçar, quando se interrompe uma rotina. Também no Iyengar Yoga é assim. Se paro, uma semanita que seja, tudo se torna mais difícil, o corpo parece perder flexibilidade. Et pourtant, a pouco e pouco ela regressa, mas nunca como nas aulas no R.I.M.Y.I., em Puna, que gostaria de voltar a frequentar um dia.
"My body are my temple and asanas are my prayers".
Não fora a prática regular e teria metade da energia e da força de viver. Aqui, como na India, repito o mantra inicial:
Yogena Cittasya Padena Vacam
Malam Sarirasya Ca Vaidyakena
Yopakarottam Pravaram Muninam
Patanjalim Prajalir Anato'smi
Abahu Purusakaram
Sankha Cakrasi Dharinam
Sahasra Sirasam Svetam
Pranamami Patanjalim

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Olá Caeiro!

Estar
triste
é apenas
estar
doente

É preciso
encontrar
cura
não razões.

E a cura
é
sobretudo
deixar
passar.

Teresa Rita Lopes
A Fímbria da Fala
editorausência

sábado, 18 de junho de 2011

Là Haut Sur La Montagne

Hoje meditei numa distante falésia
Depois de muito tempo bruma e nuvens retiraram-se

Um só caminho: o curso da fria água clara
Ao longe o cimo dos montes verdejantes

Calma e sombra matinal das núvens brancas
A luz do luar brilhante flutua

No meu corpo não há pó nem sujidade
Porque está meu coração inquieto?


Han-San
O vagabundo do Dharma, Cavalo de Ferro

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Decir LLuvia y que llueva

"Un patio cualquiera de un edificio cualquiera. Es curioso... En la niñez el patio es cobijo de la imaginación. Es sueño. Es juego. Es pesadilla. Es miedo. Es un tiempo nunca perdido.
Con los años, sin quererlo, la mirada se hace miope al misterio, y el patio ya solo alberga soliloquios y diálogos triviales. Se convierte en un ligar de transito donde la prisa es el agujero por donde cae el tiempo.
Y si jugamos y conjugamos los tiempos? Y si nos asomamos al patio de la infancia con los ojos aún mayores? Y si por un día esperamos a la lluvia para que refresque nustras vidas?"

Kabia - espacio de investigación de Gaitzerdi Teatro

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mad Rush, Metamorphosis e outros prodígios

No dia em que foram descobertas mais 17 novas pirâmedes, na necrópole de Saqqara, no Egipto, ouvi pela primeira vez ao vivo Philip Glass, na Casa da Música. Foi um concerto relativamente breve, cerca de 90m sem intervalo, já a contar com os dois encores.
A Sala Suggia foi um prolongamento da minha própria sala, onde tantas e tantas vezes soaram Mad Rush, Metamorphosis, Wichita Sutra Vortex.
Numa sala cheia, incluindo os lugares por detrás do palco, um público atento rendeu-se à magia desta música "minimanista", interpretada pelo seu criador. Em Wichita Vortex Sutra, fez-se presente o fantasma do poeta beat americano Allen Ginsberg, que colaborou com Philip Glass, através da audição de uma gravação da sua voz.
E quem mais quiser saber, tem muito para ver e ouvir no You Tube e no profissionalíssimo site deste músico.
Por mim, preparo-me para adormecer uma vez mais ao som da banda sonora de Kundum...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Medeia

A Medeia de Eurípedes data de 431 antes de Cristo. A revisitação do texto feita por Max Rouquette (1908-2005), que situa a acção no continente africano,em vários momentos me evocou Shakespeare. Perturbadora esta "Médée", com encenação de Jean-Louis Martinelli, integrada no programa Odisseia, que acabo de ver numas instalações, extremamente cénicas, de um antigo armazém nos Arcos de Miragaia, no Porto.
Ainda sob o feitiço esmagador que me provocou a beleza feroz desta Medeia negra, que faz pensar com Heiner Muller que os povos africanos são hoje os únicos que podem tocar de perto a essência do trágico, transcrevo um fragmento do comentário que acompanha a peça:
"No terreno (Burquina Faso)Martinelli descobriu o porquê desta proximidade entre a Grécia Antiga e a África contemporânea: a violência e a guerra, o nascimento balbuciante da democracia e a omnipresença do sagrado na vida quotidiana. (...) É nesta paisagem desoladora que ecoam as imprecações desta feiticeira sedenta de vingança que vai até ao impensável para punir a traição de Jasão."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AnimaMea

Uma das muitas iniciativas, interessantes e originais, integrada na celebração do Dia Internacional dos Museus foi o magnífico concerto que o Coro AnimaMea deu esta noite na sala onde moram algumas estátuas de Soares dos Reis, no Museu do mesmo nome, que esta noite me encheu a alma.
"Aquela cativa que me tem cativo" - Camões, Poesia e Música, em perfeita sintonia!