Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Puna Diary

Mudam-se os tempos, mudam-se as escritas e os suportes das escritas,
menos poéticos pela certa, mas com rapidez acrescida. Estou certa que o
Italo Calvino os incluiria numa das suas não-existentes"Seis lições
para este Milénio".

De momento, tiro partido da riquíssima realidade em que estou inserida.
Por aqui, pela India do Sul, em Puna, os dias correm bem a meu gosto. Alguma
serenidade nos continentes interiores, sempre tão difícil de conseguir.
Todos os dias, excepto ao domingo, os meus dias começam com aulas de
Iyengar yoga, bem cedinho pela manhã, aqui na fonte, do outro lado da
rua, no RIMYI ( RAMANI IYENGAR MEMORIAL INSTITUTE), exigentes, dadas
pelos melhores dos Mestres. Por vezes os músculos dos braços e das
pernas doem-me como se os vinte e picos anos de prática regular de
yoga, nos quais se incluem sete desta linha, nunca tivessem existido.
De vez em quando noto pequeníssimos progressos e o meu coração pula,
alegre, de surpresa.
Ao descer do "terraço", a sala ampla com janelas rasgadas sobre
buganvílias, palmeiras, acácias e araucárias, onde funcionam as aulas
do curso intermédio que estou a frequentar, avisto, no enorme "Salão
Nobre", onde praticam e têm aulas os mais avançados (entre os quais se
conta a minha "Mestre Viva", do "nosso Patanjali", queridíssima
companheira desta viagem), ilumina-se-me a cara com um sorriso ao
avistar, ao fundo o Guruji BKS Iyengar. "Vi claramente visto o Mestre
Vivo", escrevi numa das primeiras SMS que escrevi à chegada...
Nas três últimas manhãs tenho encontrado, no caminho e no portão de
saída para a rua um monte de seguranças, fardados, mais a pompa e
circunstância que costumam
assinalar a deslocação de figuras públicas -no caso, dizem-me que se
trata de um importante ministro, que também está a ter aqui aulas.
Avanço uns passos para a esquerda e bebo um delicioso leite de côco,
depois de ter dado 15 rupias ao homem com o carrinho carregado de
côcos, que já fotografei com a devida autorização e que poderia ser
visto aqui, se a minha sabedoria informática ajudasse.

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