O Dia Mundial do Teatro é já amanhã. E eu, espectactora assídua, habitada pelo "bichinho do teatro" desde os tempos de faculdade, em que integrei um grupo de teatro universitário, rumei ao Teatro Carlos Alberto para ver "Glória ou como Penélope morreu de tédio". Acontece que em noite de estreia, a lotação estava esgotada e a empregada da bilheteira sugeriu um espectáculo, igualmente integrado no programa "Odisseia", no Estúdio Zero, um pouco mais fora de mão na Rua do Heroísmo. E foi assim que em boa hora assisti, na primeira fila a "Holiday", da companhia australiana Ranthers Theatre.
"De Holiday pode dizer-se que é uma gentil provocação. Num pacato dia de férias dois estranhos descansam junto a uma piscina. Nada têm para fazer e provavelmente nada têm para dizer. Todavia, sob diálogos aparentemente inconsequentes e longos silêncios, circulam fantasisa íntimas, ansiedades e culpas encapotadas, inquietações que se plasmam em inesperadas canções barrocas, cantadas pelos actores em calções de banho. Uma incursão nas complexidades do chamado "homem simples", feita num frugal quadro cénico, uma das imagens de marca da companhia de Melbourne, a par do primado absoluto de uma representção viva."
Texto inserido no postal
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Há 9 anos
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