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Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Medeia

A Medeia de Eurípedes data de 431 antes de Cristo. A revisitação do texto feita por Max Rouquette (1908-2005), que situa a acção no continente africano,em vários momentos me evocou Shakespeare. Perturbadora esta "Médée", com encenação de Jean-Louis Martinelli, integrada no programa Odisseia, que acabo de ver numas instalações, extremamente cénicas, de um antigo armazém nos Arcos de Miragaia, no Porto.
Ainda sob o feitiço esmagador que me provocou a beleza feroz desta Medeia negra, que faz pensar com Heiner Muller que os povos africanos são hoje os únicos que podem tocar de perto a essência do trágico, transcrevo um fragmento do comentário que acompanha a peça:
"No terreno (Burquina Faso)Martinelli descobriu o porquê desta proximidade entre a Grécia Antiga e a África contemporânea: a violência e a guerra, o nascimento balbuciante da democracia e a omnipresença do sagrado na vida quotidiana. (...) É nesta paisagem desoladora que ecoam as imprecações desta feiticeira sedenta de vingança que vai até ao impensável para punir a traição de Jasão."

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