Continuo às voltas com a poesia, a pretexto de um trabalho, de propostas de trabalho e, fundamentalmente porque, desde há muito, muito tempo que a poesia tomou conta de mim. Tenho consumido palavras aos molhos e revisitado poetas amados. Um dos livros que mais me deu gosto reencontrar foi "A Fímbria da Fala", de Teresa Rita Lopes, com desenhos de Mário Botas e prefácio de António Ramos Rosa.
2 poemas para partilhar:
Descobrir o segredo
Menina
de circo
dos sonhos
da infância
sapatos
de seda
saínha
de tule
me sinto
correndo
pelo arame
que liga
a morte
à vida
Fazer da dor subterrânea
Fazer da dor
subterrânea
uma flor
desperta
Fazer do choro
represo
uma ave
liberta
Ah! poder
lançar
no ar
este negro
fogo
preso
o meu filho é um intelectual
Há 9 anos
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