A ritmar a semana, quando estou por perto, as terças-feiras clássicas, na sala estúdio do Teatro do Campo Alegre, boa oportunidade para ver e rever bom cinema, verdadeiro cinema, apetece-me dizer.
Ainda estou sob o feitiço de "Touch of Evil", "A sede do mal" (1958) realizado e interpretado pelo grande Orson Welles, filme negro e extremamente inovador, do ponto de vista formal, a cuja projecção acabo de assistir numa sessão repleta de cinéfilos.
Na semana passada foi a vez de "Moonfleet", "O Tesouro do Barba Ruiva" (1955) de Fritz Lang, considerado por João Bénard da Costa "um dos filmes mais fascinantes e mágicos da história do cinema".
Mas que não se pense que não há bom cinema em exibição em circuito comercial. Duas sugestões:
1."Ondine" dum dos meus realizadores favoritos , Neil Jordan, com um pé no fantástico (ou deverei antes dizer uma cauda de sereia no maravilhoso?), que faz justiça à beleza da Mãe-Natureza na Irlanda, que me levou finalmente a perceber melhor o título e a trama narrativa de "Silka", o meu conto favorito de Ilse Losa.
2. "Dos Homens e dos Deuses", premiado em Cannes, de Xavier Beauvois, baseado em factos reais ocorridos na Argélia nos anos noventa. Acompanhamos o dia a dia dum grupo de monges católicos que vivem num mosteiro nas montanhas até ao momento em que vão ser mortos.
Alguns paralelos se poderiam estabelecer com "O Grande Silêncio", mas diversos são os desígnios do Criador para os seus monges ...
o meu filho é um intelectual
Há 9 anos