Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

à vol d'oiseau...

Tantos seriam os motivos de referência, reflexão e escrita, que quase me sinto bloqueada. Se escolher falar de cinema, e para que conste POESIA, filme de um realizador coreano que, muito justamente ganhou em 2010 o prémio de melhor argumento no Festival de Cannes. E, num outro registo, mas igualmente rico do ponto de vista de análise de sentimentos e relações humanas MÃES E FILHAS, filme americano produzido por A. Inarritu. Se escolher falar de cinema+dança... PINA, do realizador alemão Wim Wenders, neste momento em exibição. A não perder!!! E como a opção pelo 3D faz sentido aqui! Pensar que ainda este mês me foi dado ver claramente visto alguns dos bailarinos/bailarinas de Pina Bauch dançar no TNSJ, aqui no Porto, num espectáculo integrado no já aqui amplamente referido ODISSEIA, faz-me sentir, uma vez mais "eleita". Também integrada neste ciclo, vi/ouvi/senti a leve e deliciosa versão da Flauta Mágica que o encenador Peter Brooks concebeu aos oitenta e muitos anos.
Se escolher falar de música, Steve Reich, também claramente visto/ouvido em palestra e concerto na Casa da Música.
Deixo de fora os céus, as cidades, as ilhas e os mares onde os meus passos me têm levado nos tempos mais recentes. As asas dos aviões dão asas às asas que tenho nos pés!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"A única coisa que temos é, de facto, o nosso corpo"

Quando o corpo se apaga, o que resta?
Talk Show é uma obra para quatro intérpretes e duas colunas de som. Um questionamento sobre o corpo enquanto sistema comunicante e sobre o seu desaparecimento ao longo da vida no território maior da sua evidência, o amor.
Acabo de assistir no Teatro Carlos Alberto a esse "road movie do corpo" que é esta surpreendente criação do coreógrafo Rui Horta.
Sob o signo da emoção, e de alguma fragilidade física que me tem assolado, somo-o, sem mais, às inquietudes que HearAfter, de Clint Eastwood me provocou. há uns dias atrás.
Bem que questiono, ou uma parte de mim questiona, a asserção de José Gil: a única coisa que temos é, de facto, o nosso corpo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Originais e cópias certificadas

Mais uma semana? Menos uma semana? A tentativa de readaptação continua.
Concertos, idas ao cinema e ao teatro, início da frequência de um Curso Livre de História da Música.
Das idas ao cinema, destaco "Cópia Certificada", um filme do realizador iraniano Abbas Kiarostami, que valeu a Juliette Binoche o prémio de melhor actriz no Festival de Cannes, filmado numa Toscânia belíssima, embora o foco seja o encontro/desencontro entre um homem, escritor, e uma mulher, galerista.
Noutro registo, mas igualmente a valer a pena "O Mágico", desenho animado construído sobre uma ideia de Jacques Tati, com uma personagem central que se lhe assemelha, realizado por Sylvain Chomet, filme que tinha perdido em Serralves, na abertura da Festa do Cinema Francês.
Vi no TNSJ a mais recente criação do Teatro Meridional "1974", com encenação de Miguel Seabra, que "tem como objecto temático a identidade portuguesa, cruzando três períodos da história de Portugal: Ditadura, revolução de Abril e a entrada na comunidade europeia, reflectindo ainda a nossa contemporaneidade."
Objecto cénico interessante, mas que me deixou insatisfeita. Pouca profundidade? O espectador tem que preencher os espaços em branco? Acredito que para as novas gerações funcione de maneira diferente.
Como se lê no programa, num texto de José Mário Branco "Em tudo quanto fazemos estamos sempre a contar a nossa história pessoal, porque ninguém conta nada a ninguém sem recurso às emoções e só as emoções vividas são emoções comunicáveis".

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Poemas com cinema

Lentamente, quase diria timidamente, tento reencontrar os pequenos prazeres que a minha cidade tem para me oferecer. Já revisitei alguns Amigos, já passei uma tarde à beira Atlântico, belo e revolto. Ontem fui ao lançamento da antologia "Poemas com Cinema", publicada pela Assírio e Alvim. Além dos 3 organizadores, falaram os poetas Manuel Gusmão, Manuel António Pina (como sempre desconcertante!) e Ana Luísa Amaral e Daniel Jonas, que leram alguns dos poemas antologiados. A sessão terminou com um documentário de Fernando Lopes, produzido para a Porto 2001.

«CINEMA pretende ser a visitação de uma sala? “Sá da Bandeira”? cheia de tradições cinéfilas e hoje confinada à morte das imagens tradicionais do cinema. O “Sá da Bandeira” que passa filmes pornográficos testemunha, por um lado, a memória dessas imagens, a sua perenidade, mas também a sua morte, aquilo a que poderemos chamar a pornografia do cinema enquanto imaginário e ícone visual do nosso tempo – o de Aurélio da Paz dos Reis até à indústria do espectáculo. O título deste filme vem directamente de Carlos de Oliveira, poeta maior, e que sobre a fragilidade e fascínio das imagens teve fulgurantes reflexões.»

Fernando Lopes, O Olhar de Ulisses – vol 3, A Utopia do Olhar, Porto, 2001

***

Segundo Balcão dos Bombeiros


Nesse tempo eu já lera as Bronte mas

como era um adolescente retardado

passava a noite em atrozes dilemas

que mais vale: amar, ser doutrem amado?


ainda não descobrira o simples disto

nem o essencial disto que é tão claro

se tudo no amor vem do imprevisto

deitar regras ao jogo pode sair caro


por isso eu amo e sou ou não benquisto

depende do instante bem ou mal azado

amor tem alegria, tem enfado

o happy end é coisa dos cinemas


Fernando Assis Pacheco, Poemas com Cinema, Assírio e Alvim, Lisboa 2010



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Filmes a não perder

A ritmar a semana, quando estou por perto, as terças-feiras clássicas, na sala estúdio do Teatro do Campo Alegre, boa oportunidade para ver e rever bom cinema, verdadeiro cinema, apetece-me dizer.
Ainda estou sob o feitiço de "Touch of Evil", "A sede do mal" (1958) realizado e interpretado pelo grande Orson Welles, filme negro e extremamente inovador, do ponto de vista formal, a cuja projecção acabo de assistir numa sessão repleta de cinéfilos.
Na semana passada foi a vez de "Moonfleet", "O Tesouro do Barba Ruiva" (1955) de Fritz Lang, considerado por João Bénard da Costa "um dos filmes mais fascinantes e mágicos da história do cinema".
Mas que não se pense que não há bom cinema em exibição em circuito comercial. Duas sugestões:
1."Ondine" dum dos meus realizadores favoritos , Neil Jordan, com um pé no fantástico (ou deverei antes dizer uma cauda de sereia no maravilhoso?), que faz justiça à beleza da Mãe-Natureza na Irlanda, que me levou finalmente a perceber melhor o título e a trama narrativa de "Silka", o meu conto favorito de Ilse Losa.
2. "Dos Homens e dos Deuses", premiado em Cannes, de Xavier Beauvois, baseado em factos reais ocorridos na Argélia nos anos noventa. Acompanhamos o dia a dia dum grupo de monges católicos que vivem num mosteiro nas montanhas até ao momento em que vão ser mortos.
Alguns paralelos se poderiam estabelecer com "O Grande Silêncio", mas diversos são os desígnios do Criador para os seus monges ...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Vertigem das Listas - Take two

Depois de tantos e tantos dias sem nenhum registo aqui a dificuldade de recomeçar avoluma-se... Nunca sei muito bem quem me lê, quem poderá estar desse lado, e, sei que é um sentimento partilhado por muitos, por esse mundo além.
Quando criei este blog, em Fevereiro, em Puna, na Índia do Sul, anunciava que trataria de "Viagens, Literatura, Música, Cinema, Yoga", cinco palavras chave do meu quotidiano, cinco fortes razões para gostar de estar viva e escrever Sol.
De então para cá as viagens têm sido muitas e variadas - não sei mesmo se passou algum mês sem que eu não tivesse visto "as nuvens caírem", para retomar uma expressão de uma das filhas, quando, por volta dos três anos andou pela primeira vez de avião.
A Literatura, sobretudo na vertente "Poesia", alimenta-me, torna-me militante da sua causa, procuro contaminar professores e "animadores da leitura", em oficinas e outras formações.
A Música é o meu alimento de todas as horas. Escrevo ao som de "Passages" - Ravi Shankar, Philip Glass. Na última semana assisti a vários óptimos concertos na Casa da Música - "Istambul 1710" pelo "Hespérion XXI", com direcção musical de Jordi Savall justificava por si só uma longa entrada neste blog.
O Cinema, essa "oficina de sonhos" marca presença assídua. Ontem, em Serralves, duas interessantes propostas do ciclo "O sabor do cinema."
E o Yoga, chave das chaves dos meus dias: em breve voltarei a entoar "Yogena Cittasya padena vacam..."

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A vertigem das listas

"Tudo o que não escrevi". Creio que era esse o título de um livro de Eduardo Prado Coelho, publicado aqui há uns anos. Acontece aos melhores. Tantos e tantos pequenos/grandes eventos que nunca chegam a ganhar forma escrita e, por isso, se perdem na espuma dos dias.
Poderia escrever sobre uma das mais belas colecções de instrumentos musicais do mundo, que visitei duas vezes no Raja Dinkar Kelkar Museum, aqui há uns meses, em Poona, na Índia do Sul...
Poderia escrever sobre o insólito "Orgão de Marés" ou sobre a surpreendente "Saudação ao Sol", que nada tem a ver com Yoga, de Zadar, que segundo Alfred Hitchcock tem o mais belo pôr do sol do mundo.
Poderia escrever sobre Plitvicka Jezera -The Plitvice Lakes National Park, também na Croácia, um dos sítios mais próximos do paraíso terrestre onde me foi dado estar, há pouco tempo atrás.
Mas não agora.
Fico-me por uma dica cinéfila: "Tamara Drewe", o último filme do realizador britânico Stephen Frears, que conta outros belos filmes na sua longa lista, como "Ligações Perigosas" e "A Rainha".
Basta atravessar a ponte, e ir até à fábrica de sonhos instalada do outro lado do rio.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Personagem à Janela

"Personagem à janela" é uma exposição de 12 painéis de viroc que protegem as janelas da Fábrica do Teles, em Santo Tirso, pintados por 12 autores de diferentes países, promovida pela Câmara Municipal e pela Gesto, a cuja inauguração assisti ontem. Em seguida. à projecção do belíssimo e inquietante filme de Manuel Mozos "Ruínas", com a presença do realizador, seguiu-se um debate à-volta-da-reconversão-da-paisagem-urbana.
Projecção de "Ruínas" no dia em que o governo aprovou cortes nos nossos salários e a subida do Iva para 23%... pura coincidência?!
Não vou ocupar-me disso agora. Prefiro nomear outras "personagens", na tela e nos palcos da Casa da Música que têm abençoado longas horas dos meus dias.
Têm sido um tempo de muito boa colheita cinéfila: M. de Fritz Lang (1931) (pena que a cópia cedida pela Cinemateca ao Cine Clube estivesse em tão mau estado) e o brilhante, inteligente e divertidíssimo "Philadelphia Story" (Casamento Escandaloso) de Georges Cukor (1940). Puro prazer!
Na Sala Suggia, inundada de luz outonal, domingo ao meio dia ouvi o Coro da Casa da Música interpretar "Chansons Françaises", com uma pungente "extensão" peninsular à Suite De Lorca de Einojuhani Rauitavaara (parece o nome do vulcão islandês...). Terça ao fim da tarde, envolvida pelas cores quentes da Sala 2, deliciei-me com a perícia e a alegria dos quatro jovens músicos russos do"Messianaen Quartet".
Venham mais personagens à janela!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ruggles of Red Gap

Viva o Cinema!!!
Em boa hora, a Medeia Filmes resolveu programar, para as "terças-feiras clássicas", no Teatro do Campo Alegre, no Porto, um dos dez filmes favoritos de João Bénard da Costa - O Extravagante Sr Ruggles. Acabo de assistir à sua projecção, nessa sala estúdio, repleta de cinéfilos satisfeitos. Como não encontrei, à primeira, nenhum dos 2 livros de crónicas do "Sr Cinema", aqui deixo a sinopse da Cinemateca.

RUGGLES OF RED GAP

O Extravagante Sr. Ruggles, ou O Último Escravo

de Leo McCarey

com Charles Laughton, CHARLES RUGGLES, Mary Boland, ZaSu Pitts, Roland Young

Estados Unidos, 1935 - 91 min / legendado em português

Obra-prima de Leo McCarey e uma das mais carismáticas interpretações de Charles Laughton, no papel de um típico mordomo britânico, “ganho” ao poker por um novo-rico americano que vem “descobrir” a Europa. Levado para o Oeste, Mr. Ruggles vai conquistar a liberdade, igualdade e o respeito de todos, numa das mais inventivas comédias americanas dos anos 30.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Viva o Cinema!

Ao falar de leitura, da verdadeira leitura, muitas vezes se emprega a expressão "leitura literária". Qual será a expressão correspondente no mundo do cinema?
Vem isto a propósito da projecção de "L'Atalante"(1934), filme de Jean Vigo (1905-1934) a que acabo de assistir na sala estúdio do Teatro do Campo Alegre, último reduto da cinefilia na cidade do Porto.
Era um dos filmes favoritos de Henrique Alves Costa, cinéfilo notável, que teria feito 100 anos no passado sábado, fundador do Cine-Clube do Porto, e que por isso foi escolhido para a homenagem que lhe foi prestada na sua cidade. Antes da projecção Henrique Alves Costa foi recordado nas palavras emocionadas de Manoel de Oliveira, de André Oliveira e do seu filho Alexandre Alves Costa.
Sala mais que esgotada, demasiado pequena para conter amigos e conhecidos, que ao longo dos anos têm povoado a minha vida nesta cidade. Filme belíssimo, profundamente poético, que revi com um prazer imenso.
Além de ter conhecido pessoalmente Henrique Alves Costa, vi claramente visto Michel Simon, o inesquecível marinheiro excêntrico de L' Atalante, há muitos anos atrás, na Praça de São Marcos em Veneza...

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Cinema e cinéfilos

Os cinéfilos do Porto estão de luto. As 4 salas exploradas pela Medeia, ao longo dos últimos quinze anos, no Centro Comercial Cidade do Porto, encerram hoje as suas portas. É demasiado triste e grave para ser verdade mas é verdade. Vai ser ainda mais difícil ver bons filmes exibidos em circuito comercial. Vamos ter mais do mesmo. Os mesmos filmes, as mesmas estreias, a mesma formatação mental por todo o lado.
Nem salas com programação alternativa, nem cineclubes, nem cinematecas para formar públicos.
O que nos resta? "Fábricas de sonhos " ou pronto-a-vestir-para-nos-estupidificar-melhor-minha-netinha?

terça-feira, 1 de junho de 2010

"Magazine Cultural"

No interim, muitas e variadas coisas se passaram, desde consumos culturais intensos a uma ida ao Museu do Douro, sábado 29, para lançar sementes no "III Encontro de Sementes de Leitua e Artes".
Das idas aos espectáculos do 33º FITEI - "Hnuy Illa", "Querida Professora Helena Serguéiévna", e "In Vino Veritas", destaco pela excelência e pelo lado poético, o 1º referido, dos bascos Kukai-Tanttaka.
Das idas ao cinema o surpreendente "Eu sou o Amor", do realizador italiano Luca Guadaguino, com Tilda Swinton, pela beleza, pela herança de uma certa linha "viscontiano- bertolucciana".
Da ida ao 103º Quintas de Leitura - "Casas Kitadas", a participação do colectivo "O Copo", que defendeu criativa e convictamente a poesia de Alexandre O'Neill.
Dos Congressos "Música no Divã", na Casa da Música. Das intervenções de sexta 28, as únicas a que pude assistir por coincidência de agenda, a de Jaime Milheiro pela sistematização e pelos "momentos musicais". Gosto igualmente de "música sem palavras" e de "música com palavras".
Para ilustrar a "música sem palavras" escolheu o "Purgatório", que Gustav Mahler terá composto depois de uma longa conversa com Freud. "A música com palavras" fez-se ouvir nas vozes poderosas de Ella Fitzgerald e de Aretta Frank. Curioso referir que Freud, que tanto apreciava a escultura, a pintura e a literatura não gostava de música, uma vez que lhe acordava emoções que não controlava. Jaime Milheiro considerou a música como "o regresso a casa, à casa da música que é a da voz da mãe, uma das mais caudalosas do universo".
Como continuo a não possuir o dom da ubiquidade,além de não ter podido continuar a ouvir as conferências de sábado, desta feita, o "Imaginarius", em Vila da Feira, ficou de fora...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Cinefilia (s)

Podia viver sem ir ao Cinema? Claro que podia... mas a minha vida seria bem menos rica. E, para mim, "Cinema" implica ver os filmes nas Salas de Cinema, de preferência com o nariz colado ao écran, como R.Barthes dizia que só as crianças e os cinéfilos gostam de fazer.
À minha amiga I.S., que preferia ver os DVDs, na bela sala lá de casa, costumava eu dar "dicas" acerca dos filmes "a não perder".
Tinha como filme favorito o mítico "L'Année Dernière à Marienbad", realizado por Alain Resnais em 1961, com argumento de A. Robbe-Grillet, com a belíssima Delphine Seyrig, vestida por Coco Chanel. Em tempos contei-lhe a minha emoção ao ver e ouvir ao vivo a encantatória voz desta actriz, num dos Festivais de Cinema da Figueira da Foz.
Claro que também gostava muito de "Hiroshima, Mon Amour" (1959), baseado no livro homónimo de M. Duras.
Desconfio que dificilmente lhe incluíria na lista o mais recente filme do mestre A. Resnais "Les Herbes Folles" ("As Ervas Daninhas"). Mais depressa lhe recomendaria "Parlez-moi de la pluie" ("Deixa chover") realizado e interpretado por Agnès Jaoiu, que em parceria com o marido escreveu o argumento de 2 filmes de A. Resnais "Smoking/Non Smoking" e "On connaît la Chanson".

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Sundays and Cybelle"

"Les Dimanches de Ville D'Avray", filme francês de Serge Bourguignon, realizado em 1962, vencedor do Óscar para o melhor filme estrangeiro de 1963, actualmente em exibição nalgumas salas em Paris, teve a sua estreia nos USA como o título "Sundays and Cybelle".
Publicitado como"Mythique", "Inédit depuis plus de trente ans", classificado como comédia dramática, a preto e branco, conta a história da comovente relação que se estabelece entre um antigo piloto de guerra amnésico, solitário e sensível, Pierre, e de uma menina também solitária e sensível, precocemente madura, abandonada pelo pai num orfanato. Talvez a sua cara lhe evoque a de uma outra criança, que talvez tenha morto durante um bombardeamento na Indochina.
Trata-se de um filme belíssimo, de atmosfera onírica e melancólica.
O único nome que reconheci no genérico, projectado em silêncio, perante uma plateia rendida, no "Le Champô", no Quartier Latin, foi o do compositor Maurice Jarre.
Gosto das cidades que têm sempre filmes clássicos em exibição, não só na Cinemateca mas também em pequenas salas estúdio...
Quem me dera que isso viesse a acontecer em Portugal também!

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dia Internacional da Mulher

Time to celebrate!
A realizadora Kathryn Bigelow é a grande vencedora da Noite dos Óscares, a cuja transmissão directa pela televisão assisti até às cinco da manhã. O Cinema, fábrica de sonhos ("usine à rêves", lhe chamou o grande Henri Langlois), alimenta a minha alma.
Joan Baez cantou e encantou esta noite, na Casa da Música, no Porto: "A Evening With Joan Baez". Emocionei-me num dos lugares da Sala Suggia...