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Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Poemas com cinema

Lentamente, quase diria timidamente, tento reencontrar os pequenos prazeres que a minha cidade tem para me oferecer. Já revisitei alguns Amigos, já passei uma tarde à beira Atlântico, belo e revolto. Ontem fui ao lançamento da antologia "Poemas com Cinema", publicada pela Assírio e Alvim. Além dos 3 organizadores, falaram os poetas Manuel Gusmão, Manuel António Pina (como sempre desconcertante!) e Ana Luísa Amaral e Daniel Jonas, que leram alguns dos poemas antologiados. A sessão terminou com um documentário de Fernando Lopes, produzido para a Porto 2001.

«CINEMA pretende ser a visitação de uma sala? “Sá da Bandeira”? cheia de tradições cinéfilas e hoje confinada à morte das imagens tradicionais do cinema. O “Sá da Bandeira” que passa filmes pornográficos testemunha, por um lado, a memória dessas imagens, a sua perenidade, mas também a sua morte, aquilo a que poderemos chamar a pornografia do cinema enquanto imaginário e ícone visual do nosso tempo – o de Aurélio da Paz dos Reis até à indústria do espectáculo. O título deste filme vem directamente de Carlos de Oliveira, poeta maior, e que sobre a fragilidade e fascínio das imagens teve fulgurantes reflexões.»

Fernando Lopes, O Olhar de Ulisses – vol 3, A Utopia do Olhar, Porto, 2001

***

Segundo Balcão dos Bombeiros


Nesse tempo eu já lera as Bronte mas

como era um adolescente retardado

passava a noite em atrozes dilemas

que mais vale: amar, ser doutrem amado?


ainda não descobrira o simples disto

nem o essencial disto que é tão claro

se tudo no amor vem do imprevisto

deitar regras ao jogo pode sair caro


por isso eu amo e sou ou não benquisto

depende do instante bem ou mal azado

amor tem alegria, tem enfado

o happy end é coisa dos cinemas


Fernando Assis Pacheco, Poemas com Cinema, Assírio e Alvim, Lisboa 2010



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