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Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

"Fala-me, Musa, do Homem astuto que tanto vagueou...

"Fala-me, Musa, do homem astuto que tanto vagueou, depois que de Tróia destruiu a cidadela sagrada. Muitos foram os povos cujas cidades observou, cujos espíritos conheceu, e foram muitos no mar os sofrimentos por que passou para salva r a vida, para conseguir o retorno dos companheiros a suas casas. Mas a eles, embora o quisesse não logrou salvar. Não, pereceram devido à sua loucura, insensatos, que devoram o sagrado gado de Hiperíon, O Sol - e assim lhes negou o deus o da do retorno.
destas coisas fala-nos agora, ó filha de Zeus."

HOMERO
Odisseia.Tradução de Frederico Lourenço, Lisboa, Cotovia, 2003

"De que falamos quando falamos da Odisseia?" - tema de um colóquio, organizado conjuntamente pelo TNSJ, Centro Cultural Vila Flor, Theatro Circo e Teatro de Vila Real, em colaboração com a União dos Teatros da Europa, que decorreu a 28 e 29 de Janeiro, no Mosteiro de São Bento da Vitória, no qual participei como membro da assistência.
A minha paixão pela Grécia Antiga, pela Mitologia Grega, acompanha-me desde a adolescência e Ulisses, é, sem sombra de dúvidas um dos meus Heróis.
A 1a versão/ adaptação da Odisseia que tive nas mãos foi a dos clássicos Sá da Costa, na adaptação de João de Barros, "para as crianças e para o povo".
Tive o privilégio de ser aluna, na Universidade de Coimbra, de Maria Helena da Rocha Pereira, sábia helenista, com quem tanto aprendi. Como Professora de Português li dezenas de vezes para/com os alunos a adaptação de Maria Alberta Menéres, o "Ulisses", capaz de entusiasmar mesmo os mais desinteressados.
A belíssima tradução em verso de Frederico Lourenço foi um dos livros que escolhemos, sob proposta minha, para ler numa das Comunidades de Leitores da BMAG, num período em que estivemos em "autogestão", tendo Frederico Lourenço acedido ao nosso convite de animar uma interessantíssima conversa à roda do seu trabalho de estudioso e tradutor.
Neste Colóquio sobre a "Odisseia" ouvi Delfim F. Leão e Maria do Céu Fialho, da Universidade de Coimbra, falar sobre o livro. Mas não foi apenas disso que se tratou. A Odisseia como metáfora do nosso tempo, a procura "nas origens literárias e mitológicas da nossa civilização as questões nucleares com que se debatem sociedades e indivíduos neste mundo contemporâneo", eis onde se encontram as linhas com que se teceu este encontro.
Provavelmente não por acaso, em Serralves, a par da polémica e gigante exposição "Às Artes, Cidadãos!", está a decorrer um programa que inclui cinema, conferências, música, perfomance, seminários e teatro sob o título genérico "Arte, Política, Globalização".
Tentativas de construção de plataformas de pensamento/acção transdisciplinares, no cruzamento de fronteiras geográficas (líquidas e outras) e disciplinares.
Também há motivos de interesse longe do Mekong...

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