Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"
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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mad Rush, Metamorphosis e outros prodígios

No dia em que foram descobertas mais 17 novas pirâmedes, na necrópole de Saqqara, no Egipto, ouvi pela primeira vez ao vivo Philip Glass, na Casa da Música. Foi um concerto relativamente breve, cerca de 90m sem intervalo, já a contar com os dois encores.
A Sala Suggia foi um prolongamento da minha própria sala, onde tantas e tantas vezes soaram Mad Rush, Metamorphosis, Wichita Sutra Vortex.
Numa sala cheia, incluindo os lugares por detrás do palco, um público atento rendeu-se à magia desta música "minimanista", interpretada pelo seu criador. Em Wichita Vortex Sutra, fez-se presente o fantasma do poeta beat americano Allen Ginsberg, que colaborou com Philip Glass, através da audição de uma gravação da sua voz.
E quem mais quiser saber, tem muito para ver e ouvir no You Tube e no profissionalíssimo site deste músico.
Por mim, preparo-me para adormecer uma vez mais ao som da banda sonora de Kundum...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AnimaMea

Uma das muitas iniciativas, interessantes e originais, integrada na celebração do Dia Internacional dos Museus foi o magnífico concerto que o Coro AnimaMea deu esta noite na sala onde moram algumas estátuas de Soares dos Reis, no Museu do mesmo nome, que esta noite me encheu a alma.
"Aquela cativa que me tem cativo" - Camões, Poesia e Música, em perfeita sintonia!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

De la musique avant toute chose

Momentos gratificantes, vividos nuns tempos particularmente intensos, ampliam o meu quotidiano, ambos vividos na Casa da Música. A brilhante aula que João Fernandes, Director do Museu de Serralves deu na segunda-feira sobre "Os Artistas", integrada no 4º módulo do Curso Livre de História da Música e o magnífico concerto a que acabo de assistir esta noite do pianista russo Grigori Sokolov, que tive a felicidade de ouvir tocar, já pela terceira vez.
Frederico Lourenço tinha razão quando escreveu que a música é uma espécie de cola que junta os pedaços da alma...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

City Life

Check it out
It's been a honeymoon
Can't Take no mo'

Heavy smoke
stand by, stand by
It's full'a smoke
urgent!
Guns, knives or weapons on ya'?
Wha'were ya'doin'?
Be careful
where you go

*frases gravadas, City Life - Steve Reich

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Música, músicas

Começou a 17 de Janeiro e prolongar-se-á até 7 de Novembro, na Casa da Música, às segundas-feiras, a 2ª edição do Curso Livre de História da Música. No 1º módulo, em 3 sessões, competentemente orientado por Rui Pereira, falou-se de Música Clássica no Novo Mundo. No 2ºMódulo, que se iniciou no dia 7, Manuel Jorge Veloso, grande divulgador cujo trabalho já conhecia de colaborações em programas da Antena 2, iniciou uma "Introdução à História do Jazz", recheada de ilustrações musicais. Difícil é permanecer sensatamente sentada na cadeira...

ORQUESTRA

Foi o foxtrote que acordou
os peixinhos do lago, na sala de espera,
ou foram eles, os minúsculos, insones peixinhos,
que fizeram acordar Sweet Georgia Brown
entre Body and Soul, para o tea for two,
enquanto não se abrem, rascantes, as portas da segunda sessão?

Carlos Drummond de Andrade
Esquecer para lembrar, José Olympio

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os quatro cantos do tempo

Baptismo

Vamos abrir a noite Vamos abrir a noite
com música de "jazz" Percorrê-la depois

num barco de borracha Celebrar o segredo
Enforcar a memória Descobrir de repente

uma ilha que nasce dentro do teu vestido

Chamar-lhe Madrugada Adormecer contigo.

David MOURÃO-FERREIRA,
Os quatro cantos do tempo, Guimarães Editora

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Vertigem das Listas - Take two

Depois de tantos e tantos dias sem nenhum registo aqui a dificuldade de recomeçar avoluma-se... Nunca sei muito bem quem me lê, quem poderá estar desse lado, e, sei que é um sentimento partilhado por muitos, por esse mundo além.
Quando criei este blog, em Fevereiro, em Puna, na Índia do Sul, anunciava que trataria de "Viagens, Literatura, Música, Cinema, Yoga", cinco palavras chave do meu quotidiano, cinco fortes razões para gostar de estar viva e escrever Sol.
De então para cá as viagens têm sido muitas e variadas - não sei mesmo se passou algum mês sem que eu não tivesse visto "as nuvens caírem", para retomar uma expressão de uma das filhas, quando, por volta dos três anos andou pela primeira vez de avião.
A Literatura, sobretudo na vertente "Poesia", alimenta-me, torna-me militante da sua causa, procuro contaminar professores e "animadores da leitura", em oficinas e outras formações.
A Música é o meu alimento de todas as horas. Escrevo ao som de "Passages" - Ravi Shankar, Philip Glass. Na última semana assisti a vários óptimos concertos na Casa da Música - "Istambul 1710" pelo "Hespérion XXI", com direcção musical de Jordi Savall justificava por si só uma longa entrada neste blog.
O Cinema, essa "oficina de sonhos" marca presença assídua. Ontem, em Serralves, duas interessantes propostas do ciclo "O sabor do cinema."
E o Yoga, chave das chaves dos meus dias: em breve voltarei a entoar "Yogena Cittasya padena vacam..."

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Personagem à Janela

"Personagem à janela" é uma exposição de 12 painéis de viroc que protegem as janelas da Fábrica do Teles, em Santo Tirso, pintados por 12 autores de diferentes países, promovida pela Câmara Municipal e pela Gesto, a cuja inauguração assisti ontem. Em seguida. à projecção do belíssimo e inquietante filme de Manuel Mozos "Ruínas", com a presença do realizador, seguiu-se um debate à-volta-da-reconversão-da-paisagem-urbana.
Projecção de "Ruínas" no dia em que o governo aprovou cortes nos nossos salários e a subida do Iva para 23%... pura coincidência?!
Não vou ocupar-me disso agora. Prefiro nomear outras "personagens", na tela e nos palcos da Casa da Música que têm abençoado longas horas dos meus dias.
Têm sido um tempo de muito boa colheita cinéfila: M. de Fritz Lang (1931) (pena que a cópia cedida pela Cinemateca ao Cine Clube estivesse em tão mau estado) e o brilhante, inteligente e divertidíssimo "Philadelphia Story" (Casamento Escandaloso) de Georges Cukor (1940). Puro prazer!
Na Sala Suggia, inundada de luz outonal, domingo ao meio dia ouvi o Coro da Casa da Música interpretar "Chansons Françaises", com uma pungente "extensão" peninsular à Suite De Lorca de Einojuhani Rauitavaara (parece o nome do vulcão islandês...). Terça ao fim da tarde, envolvida pelas cores quentes da Sala 2, deliciei-me com a perícia e a alegria dos quatro jovens músicos russos do"Messianaen Quartet".
Venham mais personagens à janela!

domingo, 6 de junho de 2010

Público e Privado

Mais um fim de semana de eventos em simultâneo, no Porto. Continuação do FITEI, inaugurações em Miguel Bombarda, Clubbing na Casa da Música, Serralves em Festa.
Serralves em Festa, pela sétimo ano consecutivo. Igual e diferente das edições anteriores. A crise também passou por aqui... Mas é sempre bom ver tantas e tão variadas gentes circular por aqueles espaços magníficos, encontrar tantos amigos e conhecidos. E foi comovente ver a "Big Band Hot Clube de Portugal" homenagear Rocha Brito pelo seu amor e labor em honra do Jazz, ao longo de muitos e muitos anos. Rocha Brito é o "Dr. Guimarães" , amigo dos meus Pais, que me me abriu as portas da sua biblioteca e me deu a conhecer alguns exemplares da sua magnífica colecção de LPs, quando eu era menina e moça.
Na Casa da Música, depois de um jantar partilhado no restaurante-lá-de-cima, um desconcertante concerto dos Solistas do Remix Ensemble, da ONP : Kraft, para solistas, orquestra electrónica (1983-1985; c.30m) de Magnus Lindberg, na Sala Suggia. Nos outros espaços, também naqueles que não estão normalmente abertos ao público, outras músicas e outros músicos "fora de horas".

domingo, 23 de maio de 2010

I ask not out of sorrow, but in wonder

So little

I said so little.
Days were short.

Short days.
Short nights.
Short years.

I said so little.
I couldn´t keep up.

My heart grew weary
From joy,
Despair,
Ardour,
Hope.

The jaws of Leviathan
Were closing upon me.

Naked, I lay on the shores
Of desert islands.

The white wale of the world
Hauled me down to its pit.

And now I don't know
What in all that was real.

Este foi o segundo dos 3 poemas do escritor polaco Czeslaw Milosz (1911-2004), para quatro vozes solistas e coro, com música de Peteris Vasks, magistralmente interpretado pelo Coro da Casa da Música, no concerto das 12:oo.
Se mais não houvesse neste domingo, estes breves minutos de vozes sussurradas, gritadas, apaixonadas, teriam por si só iluminado intensamente, o meu dia.

quarta-feira, 24 de março de 2010

+ 4'33'' - Tributo a John Cage

Um privilégio, contar-me entre o número de pessoas que ontem, ao fim da tarde, estiveram na Casa da Música, na casa-de-todas-as-músicas. A música e a imagem, uma vez mais.
Sobre a componente imagem, passo a palavra a Rui Horta:
"Como não aceitar o desafio da C.M. para encenar este concerto de duas das obras mais emblemáticas ( e provocadoras) de John Cage?(...) Confrontado com a necessidade de "deixar" o Remix Ensemble relativamente tranquilo para a interpretação, decidi criar toda uma envolvente visual para o espectáculo que seguisse a mesma (i)lógica aleatória, fazendo as imagens dançar nas telas e a imaginação dançar nas nossas cabeças..."

quinta-feira, 18 de março de 2010

Midori, Bernardo Sassetti e a Música

Estar deste lado do mundo também tem os seus encantos...
Nos últimos tempos passam muito pela música e pela Casa da Música, onde me tem sido dado viver momentos únicos. Como Midori, a espantosa e generosa violinista Midori (Casa da Música, 12 de março de 2010), acredito sinceramente que "todas as pessoas devem ter acesso a uma grande variedade de boa música independentemente da sua idade, raça, classe social, local onde vivem ou meios financeiros que possuem".
Para que serve a música? O que significa? De onde vem o prazer de quem a a compõe, de quem a interpreta, de quem a ouve? De onde vem a energia de quem a a compõe, de quem a interpreta, de quem a ouve?
Como Bernardo Sassetti, que tanto prazer me deu ouvir anteontem (Bernardo Sassetti Trio, -Motion, Casa da Música, 16 de Março de 2010), pergunto se será necessário fazermo-nos tantas perguntas...
A Música é, sem margem para dúvidas, um dos mais poderosos esteios dos meus dias.