Namaskar!

Welcome! Bem-Vindos! Bienvenidos! Bienvenus!
Ensaio geral... Primeiros passos no mundo da blogosfera.
Muitas aprendizagens a fazer pelo caminho.
Duas frases de hoje:
1ª de promoção da leitura na Crosswords, livraria em Puna, Índia do Sul:
"You don't open a book, You open a mind".
2ª, ao acaso, nas obras de M. Yourcenar:
"Puisque le Temps est le sang des vivants, l'eternité doit être du sang d'ombre"
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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Contra a corrente

Seven advice of MEVLANA

. In generosity and helping others be like a river
. In compassion and grace be like sun
. In concealing other's faults be like night
. In anger and fury be like dead
. In midesty and humility be like earth
. In tolerance be like a sea
. Either exist as you are or be as you look

Hz. MEVLANA

Texto em inglês dum postal bilingue, que trouxe de um templo, na minha última ida a KONYA, a cidade dos "derviches tourneurs" na Turquia.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

OCK POP TOK

Ock Pop Tok =east meets west, ou saudades do Laos...
Com o frio que reina nesta terra a que regressei, a que tento
readaptar-me, com pouco sucesso, ainda não foi possível vestir nenhuma das blusas de seda que tem essa etiqueta.
"Who are we ad what we do?" Quem somos e o que fazemos? Esta é a pergunta repetidamente feita a propósito das muitas actividades que se praticam no Laos.
Ock Pop Tok existe desde 2000 e, tal como o nome indica, procura juntar ideias, pessoas e materiais à volta dos téxteis, para que haja troca de conhecimentos e de ideias entre povos de diferentes zonas geográficas. Em Luang Prabang, não só estivemos na loja e na galeria, como assistimos a uma conferência sobre a repetição de padrões, nos diferentes locais do planeta Terra. Um "tuk-tuk" gratuito levou-nos ao "Weaving Center", onde vimos uma belíssima exposição sobre os processos de produção de seda natural, as tintas naturais utilizadas para tingir, a tecelagem manual que, lentamente, progride nos diversos teares.
Tudo isto, numas instalações minimalistas belíssimas à beira do Mekong.
Correndo embora o risco de me repetir reafirmo que soubera eu mais destas lides e faria acompanhar estas palavras de alguns apontamentos fotográficos colhidos na minha Nikon.
Foi com enorme emoção que, um destes dias vi bem projectadas no écran de televisão em casa de amigos, o conjunto das muitas fotografias que fiz na Tailândia, no Laos e no Cambodja.
Ainda há muito para contar.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Tum Tum Cheng Cooking School

No decorrer desta viagem singular, ja me aconteceu sentir me do outro lado do espelho. Vou tentar explicar melhor. Ao viajar por sitios nao familiares, com manifestacoes culturais diferentes, a curiosidade, o desejo de compreender, levam me a observar, a fotografar, a olhar mais intensamente. Ora acontece que me sinto observada, escrutinada, com a mesma curiosidade com que observo.
Por exemplo, hoje. Inscrevemo nos num curso de cozinha do Laos, aberto desde 2001, ministrado por uma discipula do Chef Chandra, com larga experiencia culinaria.
Comecamos por ir a um mercado local Pho See, para aprender a reconhecer os legumes e os ingredientes a utilizar na confeccao dos pratos e, logo ai o nosso pequeno grupo foi olhado com um olhar etnografico pelos vendedores e vendedoras locais. Mais tarde, na cozinha aberta para a rua do restaurante em que tentavamos praticar, devidamente equipados de avental e barrete culinario na cabeca, fomos amplamente fotografados pelos (outros) turistas que passavam.
Mas a experiencia mais forte aconteceu no decorrer do tal trekking de tres dias, na semana passada, nas montanhas do Norte. Caminhamos ao longo de muitas horas, perto da fronteira com a China, por um trilho estreito e sinuoso, que poderia ter sido utilizado por guerrilheiros e contrabandistas. Na primeira noite, pernoitamos numa aldeia Lahu, no alto de uma montanha, literalmene perdida no meio de nenhures, cujos habitantes (seriam a volta de uma centena), viram brancos pela primeira vez ha menos de tres meses. O nosso pequeno grupo despertou entre eles uma enorme curiosidade. Vieram ver nos comer, observaram nos longamente, as nossas caras, as nossas roupas, os nossos gestos, os objectos que transportavamos. So nao nos fotografaram porque nao tinham maquinas fotograficas nem telemoveis.
A diferenca, mora nos dois lados do espelho.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

De Luan Nan Tha

Ja esta decidido! Partimos amanha de manha cedo para um trekking de 3 dias num Parque Nacional aqui no Norte do Laos o N.B.C.A. National Biodiversity Conservation Area.
Hoje foi um dia de pousio em Luan Nan Tha.
Sobre este pais Land of Million Elephants and White Parasol, espero poder vir a escrever muito mais.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Listas de Robinson

Aviso a navegacao: o meu portatil parece ter adormecido, isto na melhor das hipoteses... Como vou continuar a andar de um lado para o outro e bom que se habituem a ler me neste novo e imperfeito codigo.
Claro que tanto isso, como as picadelas dos mosquitos que parecem apostados em construir arquipelagos no meu corpo, como este meu nariz que desde ontem mais parece uma torneira, sao pequenas contrariedade que, nem de longe nem de perto, me ensombram os dias.
Ja muita agua correu sob as pontes depois do trekking nas montanhas da zona de Pai. A viagem de volta, num mini bus pejado de tailandeses, foi belissima. Estas montanhas do Norte ao amanhecer cobrem se de veus, lembrando as pinturas japonesas. Em Samoeng, a cerca de hora e meia de caminho de Chiang Mei, onde visitamos uns amigos de M., acontece o mesmo. Essa visita a uma familia austriaco tailandesa foi extremamente interessante. Encontrei pessoas da minha geracao que falavam a minha linguagem, embora comunicassemos num ingles imperfeito. No caminho vimos elefantes e bufalos. Na quinta vimos todos os animais domesticos que costuma haver nas quintas dos livros infantis. Ja nao me lembrava como os olhos vermelhos dos coelhos brilham de noite!
Em Chiang Mei estivemos num festival alternativo com concertos, um contador de historias que cantava episodios da vida de Lord Buda com uma folhas rectangulares enormes no colo, exposicao de fotografias e venda de produtos de agricultura biologica, brinquedos, roupas e por ai.
Acabo de me oferecer mais uma bela massagem, que este corpinho precisa de estar bem preparado para os proximos episodios.
Nos proximos dois dias vamos estar a caminho do Laos, de mini bus e de barco... e o que mais adiante se vera.
Estou a gostar muito desta viagem de Robinson, em que cada dia e diferente do anterior, as aprendizagens se multiplicam, o caminho se faz a andar...

PS Ecos destas palavras precisam se!!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Estou viva e escrevo sol

Templos magnificos, Budas dourados a rodos, aulas de yoga com som de passaros tropicais em pano de fundo, comidas boas e variadas, oferta de massagens a cada canto e esquina, novas descobertas cada dia, boa companhia... carpe diem!
Festa dos cinco sentidos. Toda a minha gratidao aos deuses!

domingo, 5 de dezembro de 2010

De longes terras

Devo desde ja avisar que estou a escrever num posto de internet em Chiang Mei, Norte da Tailandia, com teclado em tailandes. Dai a falta de acentos, de cedilhas, de travessoes e a justificacao de outras eventuais falhas que venham a ocorrer. A Internet no meu portatil nao desperta. Devo avisar tambem que mesmo o telemovel passa longos periodos adormecido. Pequenas contrariedades que nao chegam, nem de longe nem de perto, para diminuir a riqueza destes dias.
Tem sido um tempo tao intenso que nem eu propria acredito que so passou uma semana desde o momento em que a escolha deste destino foi feita.
Bangkok, para ja, foi pouco mais que uma escala, um hotel standard e um dos pequenos almocos melhores da minha vida. Em boa hora rumamos ao Norte. Primeira paragem na antiga capital, Ayutayya, propicia a um inicio historico, enraizado. Belissimas ruinas de antigos templos budistas, justificam plenamente a escolha da cidade com patrimonio mundial da Unesco.
Eduardo Maos de Tesoura parece tambem ter passado por la, a avaliar pela quantidade de elefantes em buxo espalhados pelos jardins, que tem a sorte de nao ter que transportar turistas em cortejo, como os verdadeiros elefantes que passam ao seu lado.
A visita ao Museu Nacional, com um fantastico acervo de imagens de Buda, uma sala do tesouro bem protegida e cheia de maravilhas resgatadas nas escavacoes dos templos, algumas pecas de ceramica e livros de adivinhos, cobertos de desenhos, valeu francamente a pena.
Ao final do dia partida para o Norte, para Chiang Mei (literalmente cidade nova). Foram dez horas, sim dez horas de comboio, num comboio estilo regional, bem incomodo, numa viagem nocturna em segunda classe, num lugar normal, numa carruagem onde havia muitissimos mais locais do que turistas. Noite em branco seguida de um dia intenso, sem descanso para o corpo nem para a alma. Se somarmos a isso tudo sete horas de diferenca horaria, encontraremos razoes de sobra para que os meus olhos teimem em piscar e que comece a ansiar pela posicao do Buda deitado. Atingir o Nirvana e uma meta demasiado longinqua.
Para fechar, refira se que hoje se celebra com toda a pompa e circunstancia que se possam imaginar, o aniversario do Rei, omnipresente e, tanto quanto e possivel observar, muito amado.
Ha pouco mais de uma hora, num mercado de rua ultrapovoado, toda a gente se imobilizou e guardou silencio absoluto enquanto se ouvia o hino nacional.
Agora, a caminho da Guest House, deveremos ver mais baloes a dancar nos ceus, puxados pelo mesmo vento quente que me despenteia o cabelo.
Saudo a chegada da minha alma, nesta noite de S. Joao fora do tempo e do espaco.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

En route!

Há uma boa hipótese de os posts neste blog virem a ganhar maior frequência, ao longo dos próximos tempos. Afinal de contas a primeira palavra chave é "Viagens" e é disso que se trata.
Virtualmente qualquer um dos 5 continentes podia ser um destino. A hesitação prolongou-se ao longo de duas semanas: América Latina ou Asia? Bogotá, Bali ou Banguecoque? A letra B parecia reunir todos os consensos, e, uma vez que M. vai conseguir juntar dois em um, acabamos por comprar voo para Banguecoque. Bom preço, na "QATAR" Airways, companhia aérea do nosso contentamento: eficiência (a minha mala chegou comigo!!!), horários, simpatia do pessoal de bordo ( o Romeu romeno ganhou o óscar), refeições abundantes e saborosas.
Tudo isto decidido no sábado... e já estamos no Reino de Sião há umas horas. Embarcamos em Madrid, quarta de manhã e cerca de 14 horas de voo depois aterramos na capital da Tailândia, depois de uma breve escala em Doha, capital do Qatar, em cujo aeroporto me foi dado ver o mais variado "casting de raças humanas" ( a diversidade de mulheres com quem me cruzei na a ida ao quarto de banho é absolutamente inesquecível), voamos para esta gigantesca cidade.
Duas noites mal dormidas, sete horas de jetleg, a adaptação do corpo a novas temperaturas. A alma ainda está a chegar! (To be continued...)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Vertigem das Listas - Take two

Depois de tantos e tantos dias sem nenhum registo aqui a dificuldade de recomeçar avoluma-se... Nunca sei muito bem quem me lê, quem poderá estar desse lado, e, sei que é um sentimento partilhado por muitos, por esse mundo além.
Quando criei este blog, em Fevereiro, em Puna, na Índia do Sul, anunciava que trataria de "Viagens, Literatura, Música, Cinema, Yoga", cinco palavras chave do meu quotidiano, cinco fortes razões para gostar de estar viva e escrever Sol.
De então para cá as viagens têm sido muitas e variadas - não sei mesmo se passou algum mês sem que eu não tivesse visto "as nuvens caírem", para retomar uma expressão de uma das filhas, quando, por volta dos três anos andou pela primeira vez de avião.
A Literatura, sobretudo na vertente "Poesia", alimenta-me, torna-me militante da sua causa, procuro contaminar professores e "animadores da leitura", em oficinas e outras formações.
A Música é o meu alimento de todas as horas. Escrevo ao som de "Passages" - Ravi Shankar, Philip Glass. Na última semana assisti a vários óptimos concertos na Casa da Música - "Istambul 1710" pelo "Hespérion XXI", com direcção musical de Jordi Savall justificava por si só uma longa entrada neste blog.
O Cinema, essa "oficina de sonhos" marca presença assídua. Ontem, em Serralves, duas interessantes propostas do ciclo "O sabor do cinema."
E o Yoga, chave das chaves dos meus dias: em breve voltarei a entoar "Yogena Cittasya padena vacam..."

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A vertigem das listas

"Tudo o que não escrevi". Creio que era esse o título de um livro de Eduardo Prado Coelho, publicado aqui há uns anos. Acontece aos melhores. Tantos e tantos pequenos/grandes eventos que nunca chegam a ganhar forma escrita e, por isso, se perdem na espuma dos dias.
Poderia escrever sobre uma das mais belas colecções de instrumentos musicais do mundo, que visitei duas vezes no Raja Dinkar Kelkar Museum, aqui há uns meses, em Poona, na Índia do Sul...
Poderia escrever sobre o insólito "Orgão de Marés" ou sobre a surpreendente "Saudação ao Sol", que nada tem a ver com Yoga, de Zadar, que segundo Alfred Hitchcock tem o mais belo pôr do sol do mundo.
Poderia escrever sobre Plitvicka Jezera -The Plitvice Lakes National Park, também na Croácia, um dos sítios mais próximos do paraíso terrestre onde me foi dado estar, há pouco tempo atrás.
Mas não agora.
Fico-me por uma dica cinéfila: "Tamara Drewe", o último filme do realizador britânico Stephen Frears, que conta outros belos filmes na sua longa lista, como "Ligações Perigosas" e "A Rainha".
Basta atravessar a ponte, e ir até à fábrica de sonhos instalada do outro lado do rio.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vá para fora cá dentro!

Ir para fora cá dentro, pode ser um boa escolha. Uma vez mais me senti privilegiada por poder andarilhar em tantos e tão belos sítios.
A máquina fotográfica, que uso mais como bloco de apontamentos, guarda imagens de Angra do Heroísmo, de Algar do Carvão, de Vilarinho das Furnas, da Calcedónia, de S. Pedro do Sul (antes dos calamitosos incêndios!!!), da Serra da Estrela, das magníficas praias da Costa Alentejana, da Costa Vicentina, da Costa Algarvia...
Se é verdade que a vida não tem outro sentido a não ser o que lhe é dado pelos seres que amamos, também é verdade que a descoberta e a revisitação de belos lugares lhe acrescentam outros sentidos.
Não me canso de ter asas nos "pés(gasos)".

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Itinerantes itinerários

Tantos e tão variados têm sido os caminhos percorridos que não me chegam as palavras para os assinalar. Tantos e tão belos os lugares que a Mãe Natureza me tem oferecido para contemplar e palmilhar que não me chegam as palavras para os descrever. Grata, imensamente grata, por tantas e tão belas itinerantes experiências.
Gaston Bachelard imaginava o paraíso como uma imensa Biblioteca. Eu imagino-o como um lugar imenso e inesgotável onde haverá sempre novos mapas a assinalar novos caminhos.
Não foram os incêndios, este seria um magnífico Verão!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O vulcão do nosso descontentamento

Ficar uma semana inteira sem escrever aqui, quase me bloqueia, no momento de recomeçar.
Dá vontade de citar uma passagem das Geórgicas (II,157) de Virgílio, sobre a impossibilidade de enumerar todas as castas de uvas e de vinhos:
"As espécies e os nomes não têm fim, nem é útil enumerá-los um por um; quem saber o quisesse, poderia indagar quantos graus de areia Zéfiro levanta no deserto líbio... ou quantas ondas vão rebentar nas margens do Jónico."
Quantos voos cancelados, quantos passageiros por embarcar, quantos quotidianos alterados, quantas mudanças o acordar deste vulcão EYJAFJALLOJOKULL, com trema e nome impronunciável vai provocar nas nossas vidas? Talvez Umberto Eco as possa enumerar numa nova edição de "A Vertigem das Listas".
Pertenço ao número dos "happy few" cujo avião descolou poucos minutos antes do aeroporto de partida, no meu caso Orly, ter sido encerrado...

sábado, 3 de abril de 2010

Around Malta

"For there is every variety of luxury,
animal, mineral and vegetable -
a Bishop and a daughter,
pease and artichocks, works in
marble and fillagree, red mullet,
and Archadeacon, Mandarin Oranges,
Admirals and Generals, Marsala
Wine 10d a bottle -religious proces -
sions, poodles, geraniums, balls, bacon,
baboons, books and what not."

EDWARD LEAR
Letter to Lady Waldegrave (13 February 1866)


"Adieu, ye joys of
La Valette!
Adieu, sirocco, sun and
sweat!
Adieu, thou palace rarely
enter'd!
Adieu, ye mansions where
I've ventured!
Adieu, ye cursed streets of
stairs!"

LORD BYRON
Farewell to Malta (1811)